Talismã
Passatempos do Amor, graciosidades
Quantos eu alimentei desde menina,
Eram unicamente meras leviandades
Da minha seiva, incerta e peregrina?
Talvez eu vivesse num giro turbulento,
Entontecida pela doce quentura da ilusão,
Ou pelos tons festivos do afoitamento
De viver da adolescência toda emoção!
Passatempos do Amor... martírios
Sem ter devotamento nem promessa.
Sem profundeza, sem falsos delírios...
E sem beijos, esvaiam-se bem depressa.
Até que um dia, assim fui arremessada,
Por uma brisa tão mágica que descortinei
Para o nascer de uma semente bem fadada
Do sentimento profundo que experimentei.
Veio dentro de meu ser meio foragido,
Pedir guarida na ardência dos desejos.
Nos meus afagos e cuidados foi despido
Em prolongamentos arraigados de ensejos.
Seduziu-me com alvos sentimentos,
E agora se entretece e enrodilha triunfal,
Na alma que lhe fez azáfama de momentos
Para transformar Amor em júbilo especial!
É eterno então, o meu Talismã régio,
Sem demora meu fluido quente te daria.
Pois possuí-lo tornou-se um privilégio
Que banha todo meu sonho com alegria.
Balneário Camboriú
2011
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